Holanda cede aos EUA e vai impor mais restrições para a ASML na China
A Holanda vai impor mais restrições para as operações da ASML com a China, segundo a Bloomberg. A empresa deve sofrer limitações em sua habilidade de oferecer manutenção aos equipamentos já instalados no país asiático. Dessa forma, as fabricantes de semicondutores chinesas vão sofrer especialmente nos processos mais avançados de produção, como nas litografias de 7nm e 5nm.
A decisão holandesa vem depois de forte pressão dos Estados Unidos para que seus países aliados ajudem em seu cerco contra a China. Conforme explica o Tom’s Hardwarea terra do Tio Sam chegou a ameaçar apelar para uma determinação chamada Foreign Direct Product Rule (FDPR). Trata-se de um recurso que permite aos EUA impedirem a exportação de produtos de outros países, se eles usarem qualquer peça de tecnologia norte-americana.
A ASML é uma das maiores empresas de tecnologia da Holanda, fornecendo equipamento de litografia DUV e EUV para diversos países. A terra natal da companhia já tinha impedido sua exportação de máquinas como a Twinscan NXT:2000i, 2050i e 2100i, e agora ela não poderá nem fazer a manutenção das que já haviam sido vendidas para a China.
Uma das principais afetadas deve ser a maior fabricante chinesa de semicondutores, a SMIC. Informações não oficiais indicam que a empresa já emprega a Twinscan NXT:2000i e até modelos mais avançados na fabricação de seus chips em 7nm para a Huawei.
ASML deve fazer falta principalmente para a SMIC
Sem a devida manutenção, as máquinas da ASML devem se tornar inoperáveis tão logo quanto 2025. Certas licenças de uso vencem no final deste ano, o que teria sido levado em conta na decisão da Holanda de restringir a manutenção delas justamente agora.
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Os equipamentos da gigante holandesa são usados em processos mais avançados, então a SMIC deve sofrer muito o impacto da decisão. Principalmente enquanto se prepara para fabricar novos chips de IA para a Huawei, os Ascend 910C. Isso sem contar os SoCs para dispositivos móveis.
Em números absolutos, no entanto, a maior parte das fabricantes de chips da China não devem “sentir” mais essa restrição. Segundo o Tom’s Hardware, a maioria dessas empresas trabalha com semicondutores mais antigos que não preocupam os EUA.
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